Equalização e normalização nos estados brasileiros
- Arthur Ituassu
- 16 de jun.
- 2 min de leitura
Mídias digitais e as eleições para a Câmara dos Deputados em 2022

Acaba de ser publicado na revista Opinião Pública (volume 31, 2025) o artigo “Equalização e normalização nos estados brasileiros: mídias digitais e as eleições para a Câmara dos Deputados em 2022”, escrito em coautoria com Marcelo Alves, Aline Lopes e Raul Pimentel.
No estudo, analisamos as campanhas dos 513 deputados federais eleitos em 2022, com foco em um grupo específico de 330 parlamentares considerados renovadores — ou seja, aqueles em primeiro ou segundo mandato. A pesquisa parte do debate entre os conceitos de equalização e normalização no uso das mídias digitais, procurando entender como esses atores políticos se relacionam com ferramentas como Facebook, Instagram e anúncios pagos no ambiente digital. A partir de uma abordagem estatística detalhada — que incluiu mais de 20 mil pontos de dados coletados de plataformas como TSE, Crowdtangle, Meta Ads e Google —, testamos quatro hipóteses principais que buscaram identificar padrões de uso e sucesso digital. Os resultados mostram que:
Em diversos estados, há indícios claros de tendência à equalização, com campanhas mais bem-sucedidas digitalmente sendo associadas a políticos do grupo da renovação.
Estados como Amazonas, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Rio Grande do Sul se destacam como contextos com forte presença de novos nomes que usaram as mídias digitais de forma estratégica.
Por outro lado, em alguns estados prevalece a lógica da normalização, com os recursos tradicionais ainda se impondo nas campanhas on-line.
A pesquisa contribui para o debate internacional sobre os efeitos políticos da comunicação digital, ao evidenciar como as mídias sociais e os anúncios digitais podem (ou não) abrir espaço para renovação no sistema político brasileiro. Ao segmentar os dados por estado, o artigo oferece ainda uma perspectiva comparada inédita sobre as eleições proporcionais no país.
O artigo completo está disponível em acesso aberto: Leia aqui na Revista Opinião Pública (CESOP/UNICAMP)
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